Relatório Festival de Juventudes e Interculturalidade

Sonho que se sonha só, é só um sonho que se sonha só, mas sonho que se sonha junto é realidade.

Prelúdio – Raul Seixas

O Festival de Juventudes e Interculturalidade teve seu inicio no dia 10 de outubro de 2011, fora realizado na Escola Estadual Dr. Guilherme Freitas de Abreu Lima, pois a Escola Estadual Dr. Artur A. Maciel ficou impossibilitada de ceder o espaço diante da greve que a mesma esteve participando nos meses anteriores, assim jovens da organização saíram em busca de espaço para realização do projeto,  tendo a Escola Dr. Guilherme se disposto diante da proposta apresentada via oficio e projeto anexo damos seguimento a organização, foram três semanas de atividades intensas de preparação, com alguns imprevistos, a ausência de três oficineiros/palestrantes deixaram lacunas em nossa programação, porém com dinamismo providenciamos atividades que envolvessem o público e não perdessem o caráter de cultural educativo.

Na noite do dia 10 iniciamos com Liliane Fernanda G. Xavier fazendo a abertura do evento e acolhida aos visitantes e convidados, dando seqüência com a expressão hip hop através do break dance, onde se apresentaram membros do grupo Mundial Crew e 50 Dance, ambos locais e ainda o convidado Diogo C. Rodrigues da Central Única das Favelas – CUFA Cuiabá. Logo mais a Companhia de Teatro Spiritis  apresentou dois contos regionais “o baú - Edna José dos Santos e Ainda há tempo  Marcia Cleide Botelho dos Santos. Abriu se então espaço para a expressão da Capoeira, com o Grupo Abadá, com seus cantos que falam da história de luta social e resistência do povo negro.

Seguiu então a Mesa Temática Juventudes e Movimentos Socioculturais, onde esteve representado grupos como a Pastoral da Juventude através de Patricia Itaybelli, Mundial Crew através de Thiago Oliveira Bezerra e 50 Dance com Uiliam Fábio da Silva, Coletivo Jovem pelo Meio Ambiente de Juína com Cleiton Silvestrim, Coletivo Jovem pelo Meio Ambiente - Aldeia Segunda, Terra Indígena Erikibaktsa Município de Brasnorte através de Leandro Rikibaktsa, Coletivo Jovem pelo Meio Ambiente - Aldeia Primavera Terra Indigena Erikibaktsa Município de Brasnorte através de Marcolino Apiwo e Marciane Dawa.

Cada integrante apresentou a realidade do seu grupo, iniciando com Patricia Ytaibelly falando sobre a Pastoral da Juventude o caráter de apoio a luta da juventude pobre e oprimida pelo viés da formação para libertação, das ações sociais desenvolvidas pela PJ, da evangelização de jovem para jovem, logo mais, Thiago apresentou a origem do Grupo Mundial Crew, brevemente a história, o fluxo de integrantes saída de outros, por ainda haver muito preconceito e não gerar renda, a necessidade de espaços adequados e equipamentos de segurança, aos praticantes do break dance, e deixando por fim firmeza de continuarem presentes e ativos cada vez aprendendo mais sobre o hip hop, e assim se fortalecendo, logo mais Uiliam apresentou o grupo 50 Dance também do hip hop, porém tendo integrantes que iniciaram o movimento em Juína, falou sobre a importância de pertencer a um grupo, para resistir as dificuldades do dia a dia sendo classe pobre e marginalizada da sociedade, no grupo existe a relação de parceria de cuidado um com o outro, embora as pessoas que ignoram a expressão do hip hop ainda tragam consigo muito preconceito, inclusive autoridades como relatou um caso com a Policia Militar que os confundiram em seus ensaios em praça pública com gangues e os reprimiram com violência, porém Uilian enquanto dançarino acredita na cultura pra envolver os jovens em algo saudável, e tira-los da criminalidade, citando sua própria história de vida, falou também sobre a necessidade de fomento e organização para que os grupos recebam pelo que faz, que tem seu valor social, e que possam estar oferecendo aulas de break dance que tem poder de mobilização entre os jovens.

Após foi a vez de Leandro, que iniciou pedindo desculpas pelo atraso do povo rikibaktsa que tiveram atrasos com o transporte da FUNAI que os trouxera até ali, falou então sobre a realidade da Aldeia Segunda com o Coletivo de Jovem existente e resistente, pois há dificuldades na comunicação, a Aldeia ainda não possui internet, o telefone fica na aldeia vizinha, e devido à distância até a cidade o deslocamento destes se tornam caro, a preocupação deles é que os jovens rikibaktsas se distanciem das práticas culturais, que segundo ele é o que os tornam indígenas, agradece o contato com CJ Juína porém colocam a necessidade de se fortalecer a comunicação, a formação entre os coletivos jovens do Noroeste. Marcolino Apiwo iniciou agradecendo o convite para participar do Festival, dizendo que é muito importante momentos como esse que se aprende junto, e contando sobre a realidade da Aldeia Primavera, a dificuldade lá é menor pois existe computador e internet embora lenta e oscilante em seu funcionamento,  Marcolino falou sobre fortalecer os elos com CJJuína e demais Grupos pra que encontros assim aconteçam mais vezes. Após Marciane, falou um pouco sobre o foco de trabalho do CJ Aldeia Primavera das ações de fortalecimento das práticas culturais. Após Cleiton, falou sobre o inicio dos Coletivos Jovens de Meio Ambiente na Conferencia Nacional Infanto Juvenil em 2003, dos princípios que alicerçam estes grupos sendo: jovem escolhe jovem, jovem educa jovem e uma geração aprende com a outra, garantindo assim que o processo educativo seja protagonizado pela juventude mais em sinergia com as demais gerações jovens há mais tempo, abordou sobre o conceito de juventude como estado de espírito, porém a necessidade de se estabelecer faixa etária para fins de destinação de políticas públicas assim sendo jovem para a política nacional de juventude é aquele de 15 a 29 anos.

Após foi aberto espaço para questionamentos e dúvidas da mesa para a mesa e então para o público presente, que manifestou sobre a necessidade de fortalecimento nos grupos culturais de Juína, melhor organização no sentido de registros e documentações como é o caso dos currículos individuais e coletivos, foi o ênfase dado por Vanderlei José, Diretor do Departamento de Cultura, abriu se discussão quanto as necessidades dos grupos que vão desde falhas na comunicação por falta de estrutura no caso das aldeias a equipamentos de segurança dos dançarinos de break dance, à formação em linhas como a educação popular, política, à técnica e coletiva que é uma demanda geral, encerrou se então o primeiro dia

Na terça 11 de outubro logo pela manhã iniciamos com uma palestra sobre Educomunicação, direcionada a ferramenta de expressão Zine, com Herman Hudson de Oliveira, logo após o público foi dividido em grupos para participarem das oficinas, foram elas: Zine conduzida por Herman, Graffitt por Diogo C. Rodrigues da CUFA, Capoeira Mestre Álvaro Justino, Instrumentos da Capoeira ??, DJ com Alan Kardec, break dance com Uilian Fabio da Silva e Thiago Oliveira Bezerra e Oficina de Futuro com 5 Grupos de Trabalho facilitado por Liliane Fernanda G. Xavier, Raquel dos Anjos Lobato, Melissa dos Anjos Lobato, Damarys Cristina, Paula Cristina, Luís Fernando.

Durante a tarde foram organizados novos grupos e deram seqüência as oficinas.

À noite o evento foi realizado no pátio da Paróquia Sagrado Coração, Liliane fez o inicio falando sobre a Campanha Nacional Contra os Agrotóxicos e pela Vida lançada no ano de 2011,  no Estado UFMT Campus Cuiabá, prédio da  ADUFMAT –, o por quê da existência desta campanha e a necessidade de refletirmos sobre a saúde da população como um todo  e além disso as ameaças a vida, as águas, a terra, a vegetação.

Logo mais foi apresentado o vídeo gravado na Aldeia Segunda da festa característica da cultura Rikibaktsa, os não indígenas tiraram dúvidas sobre como são feitas as festas, o que representam cada elemento, iniciou se então um debate sobre a preservação da cultura, os jovens há mais tempo se preocupam com os adolescente e jovens que segundo eles tem vergonha de falar a língua materna, e dentro dos CJ pretende se trabalhar com este ênfase, exercitando com os jovens os cantos na língua materna, ensinando - os a fazer artesanato em palha e semente, construindo coletivamente a casa sagrada Mükyry,fazendo rodas para ouvir a história dos mais velhos, discute se  a questão da língua e a extrema importância que é preserva - la segundo Leandro da Aldeia Segunda, é a cultura que os tornam povo rikibaktsa, então as jovens que vieram da Aldeia se sentem provocadas a fluir sua língua materna e como sinal de não ter vergonha da cultura entoam dois cantos na língua, logo depois o jovem ...?? cantou também. Então Marcolino, convida a todos fazerem o canto da anta em roda em agradecimento a existência, que serve também como fonte de alimento do seu povo, depois foi a vez de Lurde, ensinar nos o canto do urubu, segundo eles quando um animal morre, as moscas são a primeira a chegar e logos elas sobem ao céu para avisar o urubu, que virá fazer a limpeza ao comer os restos mortais, fizemos a roda encenando um grupo de urubus sob as carniças. Logo mais, os indígenas disseram querer conhecer as danças do não índio, estando presentes os integrantes do grupo de hip hop Mundial Crew fizeram apresentações de break dance, houve então uma rodada de histórias e foi aberto aos pedidos musicais do público encerrou se assim o segundo dia de evento.

Na quarta pela manhã, foi feita uma avaliação do Festival, da organização à realização e dos próximos passos possíveis deste movimento que se fortalece, onde cada participante pôde expressar os pontos positivos e negativos.

Dividimos em dois grupos, um deles foi providenciar a organização do espaço para o Encontro de Ruas, outros foram preparar moldes para que fossem graffitadas camisetas dos participantes, para que levassem como registro e recordação. As 11:30 hr foi servido o almoço e a tarde fomos para a quadra externa do Ginásio Municipal de Esportes, o grupo do graffitti passou a pintar a arte na parede da arquibancada já o grupo do encontro de ruas se ocupou em decorar o espaço, isolar a área das batalhas, fazer a inscrição dos b.boys e b.girl presentes, preparar a tabela de competição, dispor um mural para livres expressões dos participantes, as 16 hr teve inicio as batalhas, foram 5 na primeira rodada , ao final o vencedor do 4º Lugar 100,00, foi Eduardo b.boy Obito, 3º Lugar 150,00 foi Thiago ? b.boy rayovack 2º 200,00 Luis... b.boy Tiú e 1º Lugar 300,00 Maiquison, foram feita a entrega dos prêmios e aberto o microfone para os agradecimentos encerrou se assim o Festival de Juventudes e Interculturalidade, porém a caminhada do Movimento + Cultura vai para além deste momento pontual, que através das avaliações pôde se perceber o quanto foi intenso no sentido de troca de saberes essencial para o fortalecimento destas organizações.

Observações: Os fatos aqui narrados podem ser conferidos através de vídeos e fotos que constarão nos DVDs em anexo, ou nos links abaixo, informa-se ainda que este conteúdo está constante atualização até o término de Upload de todo o material.

 #/ Fotos do Evento.

https://picasaweb.google.com/101181634379374151018

#/ Videos do Evento.

https://www.youtube.com/user/fremaj

Midia :

http://www.juinanews.com.br/noticias_ver.php?id=6345

http://www.prefeituradejuina.com.br/noticias_ver.php?id=97

http://www.jregional.com.br/videos_ver.php?id=705

Memória e Avaliação de 2011

Fizemos uma memória breve do que foi o ano de 2011, onde o que marcou a vida coletiva foi lembrado:

Nosso primeiro Encontro com os membros atuais decorreram da Conferencia Pró Selo UNICEF, que foi organizada junto a outras juventudes que já haviam se encontrado através Fórum Pró Selo UNICEF realizado na ASSEMU Juína – MT. A partir da Conferencia, foram levantadas a necessidade de mobilização das juventudes em forma de fórum ou conselho, como espaço de diálogo e ações das juventudes,  aprendemos sobre a webcidadania  e importância dela no processo de mobilização divulgação e como meio de acompanhar a transparência social.
Em relação a COM-VIDA, passaram a ocorrer  encontros na casa da cultura aos sábados a tarde.

Houve a organização para a ida em Fontanillas na Oficina Preparatória, numa avaliação geral, houve pouca presença da população distrital, houve falha na comunicação, porém fizeram se presentes membros do povo rikibaktsa, jovens do CJ Aldeia Segunda, que falaram sobre a necessidade de melhorar e efetivar a comunicação, foi consenso que precisamos melhorar nosso cumprimento do tempo para a programação ocorrer tranqüila.

Nos fizemos, presentes nas Conferências da Juventude, Transparência Social, LGBTT, é importante ressaltar que na da Juventude, Cleiton, representante do CJ e Movimento Mais Cultura foi eleito como delegado na regional e estadual, participando assim dos processos da nacional, juntamente com Patricia da PJ, e eleito ainda como delegado da Conferência de Transparência Social

Para repasse do que foram discutidos e deliberados nestas conferencias, Cleiton e Patrícia provocam inicialmente os Grupos PJ e CJ para que seja feita um momento na Câmara Municipal, seja em forma, de sessão, uso da tribuna popular ou audiência pública, para que a comunidade tome conhecimento das decisões e ainda como forma de prestação de contas, por que foram usados recursos públicos para tal participação.

Executamos o Projeto Festival de Juventudes e Interculturalidade  (Ver mais Relatório Festival de Juventudes e Interculturalidade) embora tenha havido o contra tempo do pedido para se retirar da Escola por parte de sua Diretora Salete Bergamin nos reerguemos e sintonizamos melhor a programção quando mudamos para o pátio da Igreja Sagrado Coração, aprendemos a graffitar, aprendemos que é importante que estejamos juntos para sermos fortes, tivemos um troca de saberes muito intensa com o povo rikibaktsa, tivemos noções básicas de pintura em tela e a partir da compra das telas percebemos que se produzida aqui as telas podem sair a um preço de custo bem inferior ao mercado tradicional, sendo uma boa oportunidade de empreendedorismo, batalha de ruas foi interessante chamando atenção para a prática do break dance, e foi onde surgiu a idéia de empreender coletivamente em nome de sustentabilidade socioeconômico cultural , na produção de camisetas costura e arte através do graffitti ou serigrafia, a produção de telas para pintura, e assim movimentar recurso para manutenção dos membros e do movimento como um todo. Durante o Festival ainda reforçada a necessidade de melhorar a comunicação com os povos indígenas, principalmente como CJ.

Foi levantado durante o ano a possibilidade de conhecer a Estação ecológica de Iquê, num encontro de educação ambiental para jovens, porém este não ocorreu, mas cria novas possibilidades, agora que Lili e Melissa estão respectivamente como titular e suplente do Conselho Consultivo de Gestão da ESEC Iquê e ajudam a dialogar inclusive sobre a situação de visitas na área para fins educacionais e de pesquisa.

Participamos do Dia Nacional da Juventude, evento de comemoração da juventude católica, que teve como tema a juventude e o protagonismo da mulher, foi realizado na cidade de Aripuanã – MT.

Diante do exposto, foi discutido e lembrado os pontos positivos e negativos, percebemos que, várias situações vividas em 2011 requerem continuidade, e que para tal necessitamos de organização, assim listamo-las e dividimos a tarefa de provocar e mediar o debate destes temas dentro e fora do movimento para cada elo do grupo :

·         Agenda 21 Municipal, retomar o debate sobre a Agenda levantando as propostas feitas na Conferencia Pró Selo, reunir a Comissão da Agenda 21 para fazer e legitimar o documento base que será levado para discussão nos espaços como associações e grupos da sociedade civil organizada, responsáveis- Carlos e Laura.

·         COM-VIDA e Fontanillas, retomar o processo de articulação junto a escola e comunidade, mobilizar para a formação da comissão e continuidade desta, responsáveis- Carlos e Laura.

·         Grêmio estudantil, informações na SEDUC sobre a quantas anda a preparação das escolas, responsáveis- Todos os membros estudantes.

·         Webcidadania, atividade continuada de ocupação dos espaços da web para postar conteúdos do movimento, acompanhar e divulgar assuntos de interesse público, fazer mobilizações, responsáveis- Damarys, Raquel e Lorraine.

·         Sessão na Câmara, para repasse das propostas das Conferencias Estaduais e Nacionais da Juventude e Organização das Juventudes, fazer o diálogo entre as organizações de jovens existentes na cidade para fortalecimento das juventudes através de um espaço de diálogo, articulação e ação, responsáveis – Cleiton, Renato e Patricia PJ.

·         Projeto de sustentabilidade socioeconomicocultural, que traz a idéia de aulas de hip hop, ação cultural nos bairros, produção de telas para a venda, costura de camisetas e arte graffitti e serigrafia, para sustentabulidade econômica dos membros, permitindo que este desenvolvam suas expressões culturais envolvendo a população como um todo através de ações educacionais nos bairros, responsáveis- Cleiton e Paula.

·         Elo e comunicação com rikibaktsa, criar agenda e meio que permita a comunicação eficiente com indígenas e agentes de comunicação que façam isso acontecer, responsáveis- Melissa e Raquel.

·          Proposta de Visita a ESEC Iquê, através de encontro de educação ambiental e formação política com jovens, responsáveis – Lili, Melissa e Renato.

·         Jornal e zine, espaço para veicular informação sobre as ações do movimento e assuntos de interesse público, responsáveis: Lili, Ket, Damarys e Patricia PJ.

·         Articulação com juventude estudante do IFMT, responsáveis- Carlos, Lili, Lorraine, Marina e Renato.

·         Movimentação Democracia e Participação Política, projeto a ser desenvolvido para trazer um debate sobre o que é política, diferenciando da partidária, e com foco para o ano de eleição, chamando atenção dos eleitores para a amplitude do sentido de democracia, responsáveis – Ket e Levi.

·                      Acampa Jovem, educação, mística e aventura na mata, tendo como cenário o sitio do tio do Carlos, responsáveis – Carlos e Laura.

Marcamos para dia 07 de janeiro reiniciar as atividades com a reunião para detalhar o plano e agenda coletiva de 2012.

1º Festival de Juventudes e Interculturalidade

Clique em Play, para assistir nossa transmissão

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Programação:
Baixe a programação clicando nos links abaixo:

Programação(PDF)
Programação(DOC)

Festival de Juventudes e Interculturalidade.

Juína 06 de outubro de 2011

O Festival de Juventudes e Interculturalidade, foi uma idéia construída por jovens e artistas locais que se reuniram, isso ocorreu em 2010 através do I Manifesto pela Valorização da Diversidade Cultural, as propostas foram organizadas em forma de projeto, e apresentadas ao Edital de Microprojetos para a Amazonia Legal lançado pelo Ministério da Cultura – Programa Mais Cultura.

Este foi Projeto foi aprovado pelo Ministério da Cultura no ano de 2010, e têm como objetivo geral, informar e fortalecer o protagonismo de jovens e artistas regionais no movimento socioambiental tanto nos espaços e territórios próprios, quanto em temáticas transversais à juventude e arte, para que possam atuar como multiplicadores nos bairros e comunidades de Juína

O público alvo para este momento são artistas, músicos, pintores, desenhistas, e prioritariamente jovens de 15 a 29 anos, será realizado nos dias 10, 11 e 12 de outubro, o local palco, Escola Dr. Guilherme F. de A. Lima na cidade de Juína – MT, o evento será certificado e iniciará com o credenciamento às 18 hr do dia 10, a entrada é franca.

A programação durante o dia oferecerá Oficinas: de jornal, fanzine, pintura em tela, DJ, graffitti, web, políticas públicas de juventude; Workshoping: de instrumentos e movimentos corporais da capoeira, break dance. À noite, haverá mesas temáticas sobre: capoeira história e luta social, movimentos socioculturais, juventudes e políticas públicas, no dia 12 será realizado o Encontro de Ruas, uma celebração da cultura hip hop, e ainda exposições e apresentações culturais locais.

Venha, participe!

Realização e Parcerias:

Abadá Capoeira

Casa da Cultura

Coletivo Jovem pelo Meio Ambiente de Juína

Coletivo Jovem pelo Meio Ambiente de Mato Grosso

Fundação Nacional das Artes - FUNARTE

Ministério da Cultura

Movimento Mais Cultura

Mundial Crew Hip Hop

Pastoral da Juventude

Programa Mais Cultura

Rede Matogrossense de Educação Ambiental - REMTEA

Secretaria Municipal de Educação e Cultura



Encontro Preparatório para a Formação da COM-VIDA da Escola Vinicius de Moraes.

Morro do Tio João, Fontanillas agosto de 2011.

Partimos de Juína as 16:30 do dia 26, chegamos ao Distrito de Fontanillas, logo fomos no acomodar, transformamos as salas da Escola Vinicius de Moraes em alojamento, descemos até a beira do rio para cumprimenta-lo.

Enquanto Fabiane e Bentina preparavam nossos alimentos, fizemos a abertura e o acordo de convivência, após o banho, jantamos e fizemos nosso momento cinema, onde assistimos o filme Rango, ao término nos recolhemos.

No dia seguinte, despertados pelo Grupo da Alvorada, fizemos alongamento enquanto o café da manhã era preparado, recebemos os participantes do CJ e estudantes da Aldeia  Segunda.

Logo Liliane do CJ-Juína iniciou as abordagens temáticas tratando do tema Aquecimento Global, Mudanças Climáticas e participação social, onde contextualizamos um pouco sobre mudanças e variações climáticas, emissão de gases provocadores do efeito estufa, como se chegou a este ponto crítico da história, partindo de uma breve história da evolução da vida na terra segundo a ciência, a espécie humana e as descobertas do fogo, da agricultura, o surgimento da era industrial, os agrotóxicos, a visão de mundo atual da terra como mercadoria, bem de consumo, em contraponto com a idéia de terra como organismo vivo, e a necessidade de mudanças no paradigma de mundo, Liliane conduziu de forma que permitiu a participação dos presentes em meio a apresentação formando os pensares e opiniões coletivas.

Após Cleiton do CJ Juína, abordou sobre Comissões de Meio Ambiente e Qualidade de Vida - COM VIDA na Escola, que surgiram no ano 2003 em resposta aos jovens participantes da Conferência Nacional Infanto Juvenil pelo Meio Ambiente, que solicitaram que fossem criados espaços de estudo, debate entre a escola e a comunidade para a construção de ações locais e fortalecimento das mesmas, a fim de melhorar a qualidade de vida das pessoas e o ambiente a qual estamos inseridos, reafirmando a necessidade de participação nos espaços políticos que terão influencia em nossa vida enquanto individuo e comunidade.

 Cleiton apresentou a metodologia da Oficina do Futuro criada pelo Instituto Ecoar composta das etapas: Arvore dos sonhos- onde identificamos como é a escola e a comunidade dos nossos sonhos, fazendo brotar a idéia de um cenário que se pretende alcançar.

As pedras no caminho- é onde se levantam quais são os problemas que dificultam chegarmos aos nossos sonhos, como se fosse empecilhos a serem superados.

Jornal Mural- Procura Identificar como os problemas (as pedras) surgiram, como era a escola e a comunidades antes deles, e que experiência interessantes já aconteceram ali. A idéia é colocar todas essas informações no jornal mural da escola para que todos vejam e participem.

COM-VIDA para a ação- parte para pôr a mão na massa levantando ações que devem ser realizadas, necessidades para fazer cada ação, e se responsabilizar por elas prazos e formas de avaliar tudo isso.

Após foi aberto espaço para contribuições, foi sugerido pela Professora Leila que realizássemos a Oficina, com a Comunidade e Escola, depois divulgasse através de banner e cartazes as ações necessárias em Fontanillas para uma melhor qualidade de vida em suas diferentes formas, Cleiton disse que estaríamos realizando a oficina após o almoço para que todos os participantes aprendessem a como fazer e  que em outubro possamos realizá-la com os demais e fazer esta divulgação, como estratégia inclusive de envolvimento da comunidade e fortalecimento da participação e visibilidade perante o poder público.

Ás 13:30 hr retornamos do almoço, já para o momento de aprender a  realizar a Oficina do Futuro, onde Liliane fez o papel de facilitação da mesma, aproveitando para responder as dúvidas que surgiram diante do processo.

Após Melissa e Thiago do CJ dividiram os participantes em dois grupos para realizar o caça ao tesouro, que foi um momento de integração entre os jovens e fortalecimento do espírito coletivo que se findou na prainha para um refresco após a agitação da atividade.

Fim da tarde, após o banho todos jantamos e foi dada continuidade a sessão de cinema com o filme Viagem ao Centro da Terra, nos recolhemos ao fim.

No dia seguinte após o café da manhã saímos em caminhada em direção ao morro do Tio João, fizemos o caminho íngreme e pedregoso e no topo fomos recompensados com a bela imagem da floresta numa mistura de espécies amazônicas e cerrado divididas pelas águas do rio Juruena. Após descermos nos reunimos embaixo do pé de copaíba para avaliar o nosso encontro completando as frases: Que pena que, que bom que, que tal se...

De maneira geral, valeu a pena a formação adquirida coletivamente, durantes os dias passados ali, porém consideramos importante atingir um numero maior de pessoas neste momento de preparação, devido a importância dos temas tratados prometendo voltar em outubro para o Grande Encontro de Formação da COM-VIDA, finalizamos com ao canto Mãe Terra, retornamos ao alojamento para organizá-lo e entrega- lo ao responsável, levamos o almoço para a prainha onde celebramos a união dos jovens e jovens há mais tempo pelo meio ambiente e qualidade de vida, confraternizamos e as 15:30 colocamos novamente o pé na estrada fazendo o caminho de volta.

Convite ao FREMAJ

Olá pessoas convido a tod@s que quiserem fazer parte da organização da Conferencia Regional de Juventudes a estar presente amanhã, 14 de junho as 15:30 horas na Secretaria de Assistência Social, no prédio do antigo centro de múltiplo uso, próximo da feira municipal, conforme a convocação de Gisele, Secretária de Assitência Social.

Abraços a tod@s e nos vemos lá.

Dj Thiago
CJ Juína- MT

Relato Reunião 04/06

Por Lili Fernanda G. Xavier

No sábado 04 de junho, as 13:40 horas, jovens do CJ, FREMAJ, e participantes da Conferência Pró Selo UNICEF se reuniram na casa da cultura de Juína pra discutir como será a formação de COM-VIDA nas escolas que se manifestaram durante o momento da Conferência.

Começamos com a dinâmica de roda “yepo, etata êê” conduzida por Lili CJ-Juína, quebramos o gelo, e rimos bastante.

A conversa iniciou com os membros do CJ contando histórias da viagem à Cuiabá para participação na semana do meio ambiente (veja mais em coletivojovemjuina-mtblogspot.com) organizado pelo CJ Baixada Cuiabana e SEDUC, falamos sobre a posição da SEDUC em formar sete escolas no estado para multiplicação dos grêmios estudantis nas demais escolas da rede estadual, assim pensamos que é importante acompanharmos também este processo para provocar as juventudes a entenderem o grêmio como espaço diálogo entre o corpo docente e os estudantes para melhorias na qualidade da educação oferecida nas escolas.

Quanto à formação de COM-VIDA pensamos em ir para as escolas com uma metodologia que unisse o lúdico e a educação ambiental e permitisse o envolvimento do público, assim surgiu a idéia de montar uma peça de teatro que tivesse como tema: juventude, relações e meio ambiente. Dividimos então os presentes em duas frentes: Frente da Arte Cultura e a Frente de Articulação, Metodologia e Captação de Recursos.

A Frente da Arte Cultura começou a criação da peça e ficou de apresentar a primeira versão no sábado seguinte pra que pudéssemos tod@s conhecer e contribuir.

Como foi proposto durante a Conferência que o Distrito de Fontanillas tivesse sua própria Agenda 21, para criação desta, vem sendo pensado um momento específico e próximo, assim achamos por bem juntar tais momentos, vendo que para ambos será necessária: a logística de deslocamento dos participantes, alimentação e mobilização da comunidade.

Focamos então as energias da Frente de Articulação, Metodologia e Captação de Recursos em pensar o que será necessário para que possamos ir até a Escola Vinicius de Moraes. Cleiton, Melissa e Raquel do CJ estarão indo a Fontanillas no próximo sábado e fazendo elo de comunicação com a comunidade e o poder público que estarão em reunião para discussão da Agenda 21 especifica e já aproveitarão o momento para colocar na pauta a proposta das juventudes aqui presentes.

Finalizamos com a entrega dos materiais da campanha Mato Grosso Unido Contra as Queimadas (SEDUC/SEMA) aos representantes das escolas ali presentes. Despedimo-nos, com o compromisso de nos encontrarmos novamente, no próximo sábado 11 de junho, às 14:30 na Casa da Cultura Juinense, pra continuar esse movimento lindo, que ganha ritmo e forma no balanço animados destes jovens, que ousam discutir e agir o glocal para fazer do mundo um lugar mais saudável através da cultura da vida, da paz e respeito a diversidade.

Em breve mais fotos.