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sexta-feira, 6 de janeiro de 2012

Relatório Festival de Juventudes e Interculturalidade



Sonho que se sonha só, é só um sonho que se sonha só, mas sonho que se sonha junto é realidade.
Prelúdio – Raul Seixas
O Festival de Juventudes e Interculturalidade teve seu inicio no dia 10 de outubro de 2011, fora realizado na Escola Estadual Dr. Guilherme Freitas de Abreu Lima, pois a Escola Estadual Dr. Artur A. Maciel ficou impossibilitada de ceder o espaço diante da greve que a mesma esteve participando nos meses anteriores, assim jovens da organização saíram em busca de espaço para realização do projeto,  tendo a Escola Dr. Guilherme se disposto diante da proposta apresentada via oficio e projeto anexo damos seguimento a organização, foram três semanas de atividades intensas de preparação, com alguns imprevistos, a ausência de três oficineiros/palestrantes deixaram lacunas em nossa programação, porém com dinamismo providenciamos atividades que envolvessem o público e não perdessem o caráter de cultural educativo.
Na noite do dia 10 iniciamos com Liliane Fernanda G. Xavier fazendo a abertura do evento e acolhida aos visitantes e convidados, dando seqüência com a expressão hip hop através do break dance, onde se apresentaram membros do grupo Mundial Crew e 50 Dance, ambos locais e ainda o convidado Diogo C. Rodrigues da Central Única das Favelas – CUFA Cuiabá. Logo mais a Companhia de Teatro Spiritis  apresentou dois contos regionais “o baú - Edna José dos Santos e Ainda há tempo  Marcia Cleide Botelho dos Santos. Abriu se então espaço para a expressão da Capoeira, com o Grupo Abadá, com seus cantos que falam da história de luta social e resistência do povo negro.
Seguiu então a Mesa Temática Juventudes e Movimentos Socioculturais, onde esteve representado grupos como a Pastoral da Juventude através de Patricia Itaybelli, Mundial Crew através de Thiago Oliveira Bezerra e 50 Dance com Uiliam Fábio da Silva, Coletivo Jovem pelo Meio Ambiente de Juína com Cleiton Silvestrim, Coletivo Jovem pelo Meio Ambiente - Aldeia Segunda, Terra Indígena Erikibaktsa Município de Brasnorte através de Leandro Rikibaktsa, Coletivo Jovem pelo Meio Ambiente - Aldeia Primavera Terra Indigena Erikibaktsa Município de Brasnorte através de Marcolino Apiwo e Marciane Dawa.
Cada integrante apresentou a realidade do seu grupo, iniciando com Patricia Ytaibelly falando sobre a Pastoral da Juventude o caráter de apoio a luta da juventude pobre e oprimida pelo viés da formação para libertação, das ações sociais desenvolvidas pela PJ, da evangelização de jovem para jovem, logo mais, Thiago apresentou a origem do Grupo Mundial Crew, brevemente a história, o fluxo de integrantes saída de outros, por ainda haver muito preconceito e não gerar renda, a necessidade de espaços adequados e equipamentos de segurança, aos praticantes do break dance, e deixando por fim firmeza de continuarem presentes e ativos cada vez aprendendo mais sobre o hip hop, e assim se fortalecendo, logo mais Uiliam apresentou o grupo 50 Dance também do hip hop, porém tendo integrantes que iniciaram o movimento em Juína, falou sobre a importância de pertencer a um grupo, para resistir as dificuldades do dia a dia sendo classe pobre e marginalizada da sociedade, no grupo existe a relação de parceria de cuidado um com o outro, embora as pessoas que ignoram a expressão do hip hop ainda tragam consigo muito preconceito, inclusive autoridades como relatou um caso com a Policia Militar que os confundiram em seus ensaios em praça pública com gangues e os reprimiram com violência, porém Uilian enquanto dançarino acredita na cultura pra envolver os jovens em algo saudável, e tira-los da criminalidade, citando sua própria história de vida, falou também sobre a necessidade de fomento e organização para que os grupos recebam pelo que faz, que tem seu valor social, e que possam estar oferecendo aulas de break dance que tem poder de mobilização entre os jovens.
Após foi a vez de Leandro, que iniciou pedindo desculpas pelo atraso do povo rikibaktsa que tiveram atrasos com o transporte da FUNAI que os trouxera até ali, falou então sobre a realidade da Aldeia Segunda com o Coletivo de Jovem existente e resistente, pois há dificuldades na comunicação, a Aldeia ainda não possui internet, o telefone fica na aldeia vizinha, e devido à distância até a cidade o deslocamento destes se tornam caro, a preocupação deles é que os jovens rikibaktsas se distanciem das práticas culturais, que segundo ele é o que os tornam indígenas, agradece o contato com CJ Juína porém colocam a necessidade de se fortalecer a comunicação, a formação entre os coletivos jovens do Noroeste. Marcolino Apiwo iniciou agradecendo o convite para participar do Festival, dizendo que é muito importante momentos como esse que se aprende junto, e contando sobre a realidade da Aldeia Primavera, a dificuldade lá é menor pois existe computador e internet embora lenta e oscilante em seu funcionamento,  Marcolino falou sobre fortalecer os elos com CJJuína e demais Grupos pra que encontros assim aconteçam mais vezes. Após Marciane, falou um pouco sobre o foco de trabalho do CJ Aldeia Primavera das ações de fortalecimento das práticas culturais. Após Cleiton, falou sobre o inicio dos Coletivos Jovens de Meio Ambiente na Conferencia Nacional Infanto Juvenil em 2003, dos princípios que alicerçam estes grupos sendo: jovem escolhe jovem, jovem educa jovem e uma geração aprende com a outra, garantindo assim que o processo educativo seja protagonizado pela juventude mais em sinergia com as demais gerações jovens há mais tempo, abordou sobre o conceito de juventude como estado de espírito, porém a necessidade de se estabelecer faixa etária para fins de destinação de políticas públicas assim sendo jovem para a política nacional de juventude é aquele de 15 a 29 anos.
Após foi aberto espaço para questionamentos e dúvidas da mesa para a mesa e então para o público presente, que manifestou sobre a necessidade de fortalecimento nos grupos culturais de Juína, melhor organização no sentido de registros e documentações como é o caso dos currículos individuais e coletivos, foi o ênfase dado por Vanderlei José, Diretor do Departamento de Cultura, abriu se discussão quanto as necessidades dos grupos que vão desde falhas na comunicação por falta de estrutura no caso das aldeias a equipamentos de segurança dos dançarinos de break dance, à formação em linhas como a educação popular, política, à técnica e coletiva que é uma demanda geral, encerrou se então o primeiro dia
Na terça 11 de outubro logo pela manhã iniciamos com uma palestra sobre Educomunicação, direcionada a ferramenta de expressão Zine, com Herman Hudson de Oliveira, logo após o público foi dividido em grupos para participarem das oficinas, foram elas: Zine conduzida por Herman, Graffitt por Diogo C. Rodrigues da CUFA, Capoeira Mestre Álvaro Justino, Instrumentos da Capoeira ??, DJ com Alan Kardec, break dance com Uilian Fabio da Silva e Thiago Oliveira Bezerra e Oficina de Futuro com 5 Grupos de Trabalho facilitado por Liliane Fernanda G. Xavier, Raquel dos Anjos Lobato, Melissa dos Anjos Lobato, Damarys Cristina, Paula Cristina, Luís Fernando.
Durante a tarde foram organizados novos grupos e deram seqüência as oficinas.
À noite o evento foi realizado no pátio da Paróquia Sagrado Coração, Liliane fez o inicio falando sobre a Campanha Nacional Contra os Agrotóxicos e pela Vida lançada no ano de 2011,  no Estado UFMT Campus Cuiabá, prédio da  ADUFMAT –, o por quê da existência desta campanha e a necessidade de refletirmos sobre a saúde da população como um todo  e além disso as ameaças a vida, as águas, a terra, a vegetação.
Logo mais foi apresentado o vídeo gravado na Aldeia Segunda da festa característica da cultura Rikibaktsa, os não indígenas tiraram dúvidas sobre como são feitas as festas, o que representam cada elemento, iniciou se então um debate sobre a preservação da cultura, os jovens há mais tempo se preocupam com os adolescente e jovens que segundo eles tem vergonha de falar a língua materna, e dentro dos CJ pretende se trabalhar com este ênfase, exercitando com os jovens os cantos na língua materna, ensinando - os a fazer artesanato em palha e semente, construindo coletivamente a casa sagrada Mükyry,fazendo rodas para ouvir a história dos mais velhos, discute se  a questão da língua e a extrema importância que é preserva - la segundo Leandro da Aldeia Segunda, é a cultura que os tornam povo rikibaktsa, então as jovens que vieram da Aldeia se sentem provocadas a fluir sua língua materna e como sinal de não ter vergonha da cultura entoam dois cantos na língua, logo depois o jovem ...?? cantou também. Então Marcolino, convida a todos fazerem o canto da anta em roda em agradecimento a existência, que serve também como fonte de alimento do seu povo, depois foi a vez de Lurde, ensinar nos o canto do urubu, segundo eles quando um animal morre, as moscas são a primeira a chegar e logos elas sobem ao céu para avisar o urubu, que virá fazer a limpeza ao comer os restos mortais, fizemos a roda encenando um grupo de urubus sob as carniças. Logo mais, os indígenas disseram querer conhecer as danças do não índio, estando presentes os integrantes do grupo de hip hop Mundial Crew fizeram apresentações de break dance, houve então uma rodada de histórias e foi aberto aos pedidos musicais do público encerrou se assim o segundo dia de evento.
Na quarta pela manhã, foi feita uma avaliação do Festival, da organização à realização e dos próximos passos possíveis deste movimento que se fortalece, onde cada participante pôde expressar os pontos positivos e negativos.
Dividimos em dois grupos, um deles foi providenciar a organização do espaço para o Encontro de Ruas, outros foram preparar moldes para que fossem graffitadas camisetas dos participantes, para que levassem como registro e recordação. As 11:30 hr foi servido o almoço e a tarde fomos para a quadra externa do Ginásio Municipal de Esportes, o grupo do graffitti passou a pintar a arte na parede da arquibancada já o grupo do encontro de ruas se ocupou em decorar o espaço, isolar a área das batalhas, fazer a inscrição dos b.boys e b.girl presentes, preparar a tabela de competição, dispor um mural para livres expressões dos participantes, as 16 hr teve inicio as batalhas, foram 5 na primeira rodada , ao final o vencedor do 4º Lugar 100,00, foi Eduardo b.boy Obito, 3º Lugar 150,00 foi Thiago ? b.boy rayovack 2º 200,00 Luis... b.boy Tiú e 1º Lugar 300,00 Maiquison, foram feita a entrega dos prêmios e aberto o microfone para os agradecimentos encerrou se assim o Festival de Juventudes e Interculturalidade, porém a caminhada do Movimento + Cultura vai para além deste momento pontual, que através das avaliações pôde se perceber o quanto foi intenso no sentido de troca de saberes essencial para o fortalecimento destas organizações.
Observações: Os fatos aqui narrados podem ser conferidos através de vídeos e fotos que constarão nos DVDs em anexo, ou nos links abaixo, informa-se ainda que este conteúdo está constante atualização até o término de Upload de todo o material.
 #/ Fotos do Evento.
https://picasaweb.google.com/101181634379374151018

#/ Videos do Evento.
https://www.youtube.com/user/fremaj

Midia :
http://www.juinanews.com.br/noticias_ver.php?id=6345
http://www.prefeituradejuina.com.br/noticias_ver.php?id=97
http://www.jregional.com.br/videos_ver.php?id=705

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